Entrevista: Pedro Demo aborda os desafios da linguagem no século XXI
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Pedro Demo é professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha, e pós-doutor pela University of California at Los Angeles (UCLA), possui 76 livros publicados, envolvendo Sociologia e Educação. No mês passado esteve em Curitiba para uma palestra promovida pela Faculdade Opet, e conversou com o Nota 10.
O tema de sua palestra é “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola”. Quais são os maiores desafios que professores e alunos enfrentam, envolvendo essa linguagem?
A escola está distante dos desafios do século XX. O fato é que quando as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar computadores, e a escola não usa. Algumas crianças têm acesso à tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil não está dando muita importância a isso – estamos encalhados no processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer interagir com o mundo. A linguagem do século XXI – tecnologia, internet – permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias crianças trocam informações entre si, e a escola está longe disso. Não acho que devemos abraçar isso de qualquer maneira, é preciso ter espírito crítico - mas não tem como ficar distante. A tecnologia vai se implantar aqui “conosco ou sem nosco”.
A linguagem do século XXI envolve apenas a internet?
Geralmente se diz linguagem de computador porque o computador, de certa maneira, é uma convergência. Quando se fala nova mídia, falamos tanto do computador como do celular. Então o que está em jogo é o texto impresso. Primeiro, nós não podemos jogar fora o texto impresso, mas talvez ele vá se tornar um texto menos importante do que os outros. Um bom exemplo de linguagem digital é um bom jogo eletrônico – alguns são considerados como ambientes de boa aprendizagem. O jogador tem que fazer o avatar dele – aquela figura que ele vai incorporar para jogar -, pode mudar regras de jogo, discute com os colegas sobre o que estão jogando. O jogo coloca desafios enormes, e a criança aprende a gostar de desafios. Também há o texto: o jogo vem com um manual de instruções e ela se obriga a ler. Não é que a criança não lê – ela não lê o que o adulto quer que ele leia na escola. Mas quando é do seu interesse, lê sem problema. Isso tem sido chamado de aprendizagem situada – um aprendizado de tal maneira que apareça sempre na vida da criança. Aquilo que ela aprende, quando está mexendo na internet, são coisas da vida. Quando ela vai para a escola não aparece nada. A linguagem que ela usa na escola, quando ela volta para casa ela não vê em lugar nenhum. E aí, onde é que está a escola? A escola parece um mundo estranho. As linguagens, hoje, se tornaram multimodais. Um texto que já tem várias coisas inclusas. Som, imagem, texto, animação, um texto deve ter tudo isso para ser atrativo. As crianças têm que aprender isso. Para você fazer um blog, você tem que ser autor – é uma tecnologia maravilhosa porque puxa a autoria. Você não pode fazer um blog pelo outro, o blog é seu, você tem que redigir, elaborar, se expor, discutir. É muito comum lá fora, como nos Estados Unidos, onde milhares de crianças de sete anos que já são autoras de ficção estilo Harry Potter no blog, e discutem animadamente com outros autores mirins. Quando vão para a escola, essas crianças se aborrecem, porque a escola é devagar.
Então a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo dos alunos?
Precisa, e muito. Não que a escola esteja em risco de extinção, não acredito que a escola vai desaparecer. Mas nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.
Qual é a diferença da interferência da linguagem mais tecnológica para, como o senhor falou, a linguagem de Gutenberg?
Cultura popular. O termo mudou muito, e cultura popular agora é mp3, dvd, televisão, internet. Essa é a linguagem que as crianças querem e precisam. Não exclui texto. Qual é a diferença? O texto, veja bem, é de cima para baixo, da esquerda para a direita, linha por linha, palavra por palavra, tudo arrumadinho. Não é real. A vida real não é arrumadinha, nosso texto que é assim. Nós ficamos quadrados até por causa desses textos que a gente faz. A gente quer pensar tudo seqüencial, mas a criança não é seqüencial. Ela faz sete, oito tarefas ao mesmo tempo – mexe na internet, escuta telefone, escuta música, manda email, recebe email, responde - e ainda acham que na escola ela deve apenas escutar a aula. Elas têm uma cabeça diferente. O texto impresso vai continuar, é o texto ordenado. Mas vai entrar muito mais o texto da imagem, que não é hierárquico, não é centrado, é flexível, é maleável. Ele permite a criação conjunta de algo, inclusive existe um termo interessante para isso que é “re-mix” – todos os textos da internet são re-mix, partem de outros textos. Alguns são quase cópias, outros já são muito bons, como é um texto da wikipedia (que é um texto de enciclopédia do melhor nível).
Qual a sua opinião sobre o internetês?
Assim como é impossível imaginar que exista uma língua única no mundo, também existem as línguas concorrentes. As sociedades não se unificam por língua, mas sim por interesses comuns, por interatividade (como faz a internet por exemplo). A internet usa basicamente o texto em inglês, mas admite outras culturas. Eu não acho errado que a criança que usa a internet invente sua maneira de falar. No fundo, a gramática rígida também é apenas uma maneira de falar. A questão é que pensamos que o português gramaticalmente correto é o único aceitável, e isso é bobagem. Não existe uma única maneira de falar, existem várias. Mas com a liberdade da internet as pessoas cometem abusos. As crianças, às vezes, sequer aprendem bem o português porque só ficam falando o internetês. Acho que eles devem usar cada linguagem isso no ambiente certo – e isso implica também aprender bem o português correto.
O senhor é um grande escritor na área de educação, e tem vários livros publicados. Desses livros qual é o seu preferido?
Posso dizer uma coisa? Eu acho que todos os livros vão envelhecendo, e eu vou deixando todos pelo caminho. Não há livro que resista ao tempo. Mas um dos que eu considero com mais impacto – e não é o que eu prefiro – é o livro sobre a LDB (A Nova LDB: Ranços e Avanços), que chegou a 20 e tantas edições. É um livro que eu não gosto muito, que eu não considero um bom livro, mas... Outros livros que eu gosto mais saíram menos, depende muito das circunstâncias. Eu gosto sobretudo de um livrinho que eu publiquei em 2004, chamado Ser Professor é Cuidar que o Aluno Aprenda. É o ponto que eu queria transmitir a todos os professores: ser professor não é dar aulas, não é instruir, é cuidar que o aluno aprenda. Partir do aluno, da linguagem dele, e cuidar dele, não dar aulas. O professor gosta de dar aula, e os dados sugerem que quanto mais aulas, menos o aluno aprende. O professor não acredita nisso, acha que isso é um grande disparate. Mas é verdade. É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva - aprenda. Aí entra a questão da linguagem de mídia: a língua hoje não é dos gramáticos, é de quem usa a internet. Então a língua vai andar mais, vai ter que se contorcer, vai ser mais maleável.
Então o professor gosta de dar aulas deve mudar esse pensamento?
É um grande desafio: cuidar do professor, arrumar uma pedagogia na qual ele nasça de uma maneira diferente, não seja só vinculado a dar aulas. A pedagogia precisa inventar um professor que já venha com uma cara diferente, não só para dar aulas e que seja tecnologicamente correto. Que mexa com as novas linguagens, que tenha blog, que participe desse mundo – isso é fundamental. Depois, quando ele está na escola, ele precisa ter um reforço constante para aprender. É preciso um curso grande, intensivo, especialização, voltar para a universidade, de maneira que o professor se reconstrua. Um dos desejos que nós temos é de que o professor produza material didático próprio, que ainda é desconhecido no Brasil. Ele tem que ter o material dele, porque a gente só pode dar aula daquilo que produz - essa é a regra lá fora. Quem não produz não pode dar aula, porque vai contar lorota. Não adianta também só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos que, mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está.
O tema de sua palestra é “Os desafios da linguagem do século XXI para a aprendizagem na escola”. Quais são os maiores desafios que professores e alunos enfrentam, envolvendo essa linguagem?
A escola está distante dos desafios do século XX. O fato é que quando as crianças de hoje forem para o mercado, elas terão de usar computadores, e a escola não usa. Algumas crianças têm acesso à tecnologia e se desenvolvem de uma maneira diferente - gostam menos ainda da escola porque acham que aprendem melhor na internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil não está dando muita importância a isso – estamos encalhados no processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer interagir com o mundo. A linguagem do século XXI – tecnologia, internet – permite uma forma de aprendizado diferente. As próprias crianças trocam informações entre si, e a escola está longe disso. Não acho que devemos abraçar isso de qualquer maneira, é preciso ter espírito crítico - mas não tem como ficar distante. A tecnologia vai se implantar aqui “conosco ou sem nosco”.
A linguagem do século XXI envolve apenas a internet?
Geralmente se diz linguagem de computador porque o computador, de certa maneira, é uma convergência. Quando se fala nova mídia, falamos tanto do computador como do celular. Então o que está em jogo é o texto impresso. Primeiro, nós não podemos jogar fora o texto impresso, mas talvez ele vá se tornar um texto menos importante do que os outros. Um bom exemplo de linguagem digital é um bom jogo eletrônico – alguns são considerados como ambientes de boa aprendizagem. O jogador tem que fazer o avatar dele – aquela figura que ele vai incorporar para jogar -, pode mudar regras de jogo, discute com os colegas sobre o que estão jogando. O jogo coloca desafios enormes, e a criança aprende a gostar de desafios. Também há o texto: o jogo vem com um manual de instruções e ela se obriga a ler. Não é que a criança não lê – ela não lê o que o adulto quer que ele leia na escola. Mas quando é do seu interesse, lê sem problema. Isso tem sido chamado de aprendizagem situada – um aprendizado de tal maneira que apareça sempre na vida da criança. Aquilo que ela aprende, quando está mexendo na internet, são coisas da vida. Quando ela vai para a escola não aparece nada. A linguagem que ela usa na escola, quando ela volta para casa ela não vê em lugar nenhum. E aí, onde é que está a escola? A escola parece um mundo estranho. As linguagens, hoje, se tornaram multimodais. Um texto que já tem várias coisas inclusas. Som, imagem, texto, animação, um texto deve ter tudo isso para ser atrativo. As crianças têm que aprender isso. Para você fazer um blog, você tem que ser autor – é uma tecnologia maravilhosa porque puxa a autoria. Você não pode fazer um blog pelo outro, o blog é seu, você tem que redigir, elaborar, se expor, discutir. É muito comum lá fora, como nos Estados Unidos, onde milhares de crianças de sete anos que já são autoras de ficção estilo Harry Potter no blog, e discutem animadamente com outros autores mirins. Quando vão para a escola, essas crianças se aborrecem, porque a escola é devagar.
Então a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo dos alunos?
Precisa, e muito. Não que a escola esteja em risco de extinção, não acredito que a escola vai desaparecer. Mas nós temos que restaurar a escola para ela se situar nas habilidades do século XXI, que não aparecem na escola. Aparecem em casa, no computador, na internet, na lan house, mas não na escola. A escola usa a linguagem de Gutenberg, de 600 anos atrás. Então acho que é aí que temos que fazer uma grande mudança. Para mim, essa grande mudança começa com o professor. Temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.
Qual é a diferença da interferência da linguagem mais tecnológica para, como o senhor falou, a linguagem de Gutenberg?
Cultura popular. O termo mudou muito, e cultura popular agora é mp3, dvd, televisão, internet. Essa é a linguagem que as crianças querem e precisam. Não exclui texto. Qual é a diferença? O texto, veja bem, é de cima para baixo, da esquerda para a direita, linha por linha, palavra por palavra, tudo arrumadinho. Não é real. A vida real não é arrumadinha, nosso texto que é assim. Nós ficamos quadrados até por causa desses textos que a gente faz. A gente quer pensar tudo seqüencial, mas a criança não é seqüencial. Ela faz sete, oito tarefas ao mesmo tempo – mexe na internet, escuta telefone, escuta música, manda email, recebe email, responde - e ainda acham que na escola ela deve apenas escutar a aula. Elas têm uma cabeça diferente. O texto impresso vai continuar, é o texto ordenado. Mas vai entrar muito mais o texto da imagem, que não é hierárquico, não é centrado, é flexível, é maleável. Ele permite a criação conjunta de algo, inclusive existe um termo interessante para isso que é “re-mix” – todos os textos da internet são re-mix, partem de outros textos. Alguns são quase cópias, outros já são muito bons, como é um texto da wikipedia (que é um texto de enciclopédia do melhor nível).
Qual a sua opinião sobre o internetês?
Assim como é impossível imaginar que exista uma língua única no mundo, também existem as línguas concorrentes. As sociedades não se unificam por língua, mas sim por interesses comuns, por interatividade (como faz a internet por exemplo). A internet usa basicamente o texto em inglês, mas admite outras culturas. Eu não acho errado que a criança que usa a internet invente sua maneira de falar. No fundo, a gramática rígida também é apenas uma maneira de falar. A questão é que pensamos que o português gramaticalmente correto é o único aceitável, e isso é bobagem. Não existe uma única maneira de falar, existem várias. Mas com a liberdade da internet as pessoas cometem abusos. As crianças, às vezes, sequer aprendem bem o português porque só ficam falando o internetês. Acho que eles devem usar cada linguagem isso no ambiente certo – e isso implica também aprender bem o português correto.
O senhor é um grande escritor na área de educação, e tem vários livros publicados. Desses livros qual é o seu preferido?
Posso dizer uma coisa? Eu acho que todos os livros vão envelhecendo, e eu vou deixando todos pelo caminho. Não há livro que resista ao tempo. Mas um dos que eu considero com mais impacto – e não é o que eu prefiro – é o livro sobre a LDB (A Nova LDB: Ranços e Avanços), que chegou a 20 e tantas edições. É um livro que eu não gosto muito, que eu não considero um bom livro, mas... Outros livros que eu gosto mais saíram menos, depende muito das circunstâncias. Eu gosto sobretudo de um livrinho que eu publiquei em 2004, chamado Ser Professor é Cuidar que o Aluno Aprenda. É o ponto que eu queria transmitir a todos os professores: ser professor não é dar aulas, não é instruir, é cuidar que o aluno aprenda. Partir do aluno, da linguagem dele, e cuidar dele, não dar aulas. O professor gosta de dar aula, e os dados sugerem que quanto mais aulas, menos o aluno aprende. O professor não acredita nisso, acha que isso é um grande disparate. Mas é verdade. É melhor dar menos aulas e cuidar que o aluno pesquise, elabore, escreva - aprenda. Aí entra a questão da linguagem de mídia: a língua hoje não é dos gramáticos, é de quem usa a internet. Então a língua vai andar mais, vai ter que se contorcer, vai ser mais maleável.
Então o professor gosta de dar aulas deve mudar esse pensamento?
É um grande desafio: cuidar do professor, arrumar uma pedagogia na qual ele nasça de uma maneira diferente, não seja só vinculado a dar aulas. A pedagogia precisa inventar um professor que já venha com uma cara diferente, não só para dar aulas e que seja tecnologicamente correto. Que mexa com as novas linguagens, que tenha blog, que participe desse mundo – isso é fundamental. Depois, quando ele está na escola, ele precisa ter um reforço constante para aprender. É preciso um curso grande, intensivo, especialização, voltar para a universidade, de maneira que o professor se reconstrua. Um dos desejos que nós temos é de que o professor produza material didático próprio, que ainda é desconhecido no Brasil. Ele tem que ter o material dele, porque a gente só pode dar aula daquilo que produz - essa é a regra lá fora. Quem não produz não pode dar aula, porque vai contar lorota. Não adianta também só criticar o professor, ele é uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogias e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos... Também nós temos que, mais que criticar, cuidar do professor para que ele se coloque a altura da criança. E também, com isso, coloque à altura da criança a escola – sobretudo a escola pública, onde grande parte da população está.
Datado de 07 de Julho de 2008
Fonte: http://www.nota10.com.br/noticia-detalhe/_Pedro-Demo-aborda-os-desafios-da-linguagem-no-seculo-XXI
Nessa entrevista, Pedro Demo nos instiga a refletir sobre o desafio da superação do descompasso existente entre a cultura cotidiana do aprendiz e aquela vivenciada na escola. Ao longo deste curso certamente você observou que a pedagogia que se vale da metodologia por meio de projetos, integrando o uso das tecnologias de informação e de comunicação, é adotada em diversos programas de formação e por diversos segmentos. Assim, uma primeira etapa no caminho da realização de um projeto é reconhecer aspectos presentes na vida pessoal, social, política de nossos alunos, que nos permitam identificar inquietações, desejos e necessidades de aprendizagem.
Pensando nisso, dê sua opinião sobre a entrevista! Comente e interaja com os demais! Compartilhe!
De fato a tecnologia chegou para superar todas as dúvidas das pessoas. E em certas ocasiões aprendemos bastante com as informações da internet. E a idéia de projetos compartilhados fica ainda mais a certeza de que a era informatizada está evoluindo a cada dia.
Pedro Demo vem nos mostrar quanto é importante saber fazer uso das novas tecnologias em sala de aula.
Nossos alunos estão cada vez mais conectados ao mundo da internet, e demonstram cada vez menos interesse pela escola.
Então porquê não utilizar um bom recurso tecnológico, como um jogo no computador para ensinar a ler, escrever e contar?
Vamos pensar melhor nisso pessoal? (Mariana Migliati)
Bem, após a leitura da entrevista de Pedro Demo ficam muito claro vários tópicos apontados: o professor deve estar sempre antenado nas novas tecnologias, ou seja, se reciclar sempre; para transmitir conhecimentos hoje temos vários métodos, por exemplo, através das tecnologias, pois estes despertam o interesse na criança em aprender de uma maneira clara e prazerosa; o texto impresso é de suma importância para os alunos e não deve ser perdido de vista; a escola também deve estar sempre se reciclando. Dessa forma “temos que cuidar do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor – ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias”.
Enfim, o papel do professor é de suma importância para a escola e para o aluno, pois é através desse conjunto escola, professor e aluno que há intervenção na vida pessoal, social, política de nossos alunos, e nos permitem identificar inquietações, desejos e necessidades de aprendizagem.
O uso das tecnologias nos ambientes escolares, reafirmado por Pedro Demo nesta entrevista,é - com certeza - um caminho de possibilidades na construção de uma educação de qualidade a todos e todas.
Penso que a escola deve ser um lugar privilegiado de oportunidades aos estudantes, já que muitas vezes a sociedade não fornece tais possibilidades. Por isso, a inserção do uso de novas tecnologias, aproximando a linguagem da escola à linguagem do século XXI, deve ocorrer, deixando de ser um apêndice dos conteúdos escolares e passando a integrá-los de maneira contínua e complementar.
A entrevista mostra claramente a idéia de que a escola não está fazendo parte da vida dos alunos. Tornou-se algo a parte, diferente daquilo que se deseja. Assim, ela precisa mudar e os professores também, no sentido de utilizar as novas tecnologias nas salas de aula. Para isso são necessárias novas aprendizagens e o professor tem que estar disposto a isto para contribuir na educação de seus alunos utilizando novas linguagens e não somente lousa, giz e caderno.
Gostei bastante da entrevista do prof. Pedro Demo, pois vem de encontro com o nosso curso. Estamos nos atualizando nas novas tecnologias uma vez que, segundo ele, é pelo professor que começam as mudanças. Acho extremamente pertinente, quando diz que os alunos não se interessam mais pela escola, exatamente, em suas casas tem coisas mais interessantes como internet, celulares, interação com os amigos, jogos, etc. Não podemos dizer que isso também não ensina, sim ensina e de forma mais prazerosa, coisa que está difícil ver nas escolas, "prazer em aprender".
A entrevista é muito interessante e nos faz refletir sobre a utilização das novas tecnologias dentro de sala de aula
Concordo com Pedro Demo que um dos desafios que a escola enfrenta é o fato de não utilizar computadores e as crianças quando vão trabalhar provavelmente terão que fazer uso dessa tecnologia. Além disso, não podemos ignorar que a tecnologia, a internet, permite uma aprendizagem diferenciada, pois com esse recurso as crianças trocam informações, fazem pesquisas e interagem com o mundo. Acredito que a escola deve possibilitar essas oportunidades que priorizem a aprendizagem das crianças assim como elas encontram no ambiente não escolar. Por isso utilizar as novas tecnologias deve integrar o trabalho com os conteúdos dentro da sala de aula de modo contínuo.
Pedro Demo nos instiga a pensar sobre novos caminhos para o processo de ensino aprendizagem. Já não é possível pensarmos da forma tradicional, pois dar aulas não significa que o aluno irá aprender. O que chama a atenção em sua entrevista é o fato de que a escola está moldada a um tipo de ensino convencional e que mudanças devem ocorrer, principalmente partindo do professor.
O momento é agora, pois a perspectiva para o futuro é repleto de novas tecnologias e novos métodos de ensino. As crianças evoluem assim como nosso empenho também deve acompanhar as mudanças, principalmente sendo autores de nossa própria aula.
Abraço a todos
Mirela
Estamos na era tecnológica, nossos alunos nasceram nesse contexto e para que possamos cuidar de sua aprendizagem, precisamos entender o seu mundo. Pedro Demo deixa claro a importância do professor em trazer a tecnologia para a escola, pois essa nova ferramenta, favorece a aprendizagem contextualizada, interdisciplinar, construída pelo aluno através da mediação do professor. Sendo assim, o processo de ensino-aprendizagem deve ser repensado, pois a escola torna-se desinteressante devido a falta de relação com a realidade dos alunos e os professores devem estar em constante atualização, para que, alem de saber utilizar as novas mídias, saibam como torná-las instrumentos de aprendizagem para seus alunos.
Jussara Pessa
A reportagem de Pedro Demo aborda a importância do uso da tecnologia na sala de aula, já que as crianças desde século já nascem cada vez mais inserido na realidade tecnológica, e o mundo também cada dia está mais dependente dela. Sendo assim, mostra a importância de se utilizar desta realidade no dia a dia, para a construção de uma educação de qualidade e a formação de crianças críticas.
Como já indicado em alguns comentários, Pedro Demo reafirma a necessidade de repensarmos o conceito de educação escolar. Não podemos mais acreditar e defender uma proposta educacional que prive nossos estudantes ao acesso das mais variadas informações presentes no mundo informacional que fazemos parte. Mas vale a ressalva de Demo: não de qualquer modo! Precisamos centrar nossos esformos no ensino da leitura, da seleção da informação, do seu processamento e da criação a partir disso, tendo a escrita como um elemento importante.
Pedro Demo chama a atenção para a nova linguagem que se estabeleceu no século XXI e para as diferentes formas de otimizar o processo ensino-aprendizagem usando as TICs.
Ele aponta para o desenvolvimento da autonomia por meio da tecnologia, onde o aluno se torna autor e não só espectador na construção do conhecimento. Além disso, a necessidade do professor em se atualizar neste sentido, produzindo seu próprio material didático também é enfatizada por ele.
A sugestão para utilização destas tecnologias ditas por Pedro Demo nos faz refletir sobre nossa prática pedagógica e o quanto estamos dispostos a aderir a esta nova linguagem.
Usamos as novas tenologias em tudo o que vamos fazer hoje em dia, por isso devemos começar desde cedo a usa-las. Na escola é um meio de possibilidades de construção de novos conhecimentos, fazendo com que os alunos aprendam utilizando várias linguagens e com uma maior qualidade de ensino.
O autor deixa claro a importância do professor em sala de aula e que ele é uma figura imprescindível nas situações de ensino aprendizado. Mas, assim como tudo está mudando, o professor também deverá mudar o modo como trata o conhecimento que trata em sala de aula.
A escola também, assim como o professor, deverá acompanhar essas mudanças para não ficar tão distante do dia-a-dia do aluno e tratar os conhecimentos com mais dinamismo, pois os alunos hoje estão mais dinâmicos.
Abraços!
Juliana
Pedro Demo relata sobre a necessidade do uso do computador/internet em sala de aula. Ele enfatiza que a maioria das crianças que tem acesso a essa tecnologia começa a perder o interesse pela escola porque as aulas não tem nada a ver com a realidade que ele vive, ou seja, não possui conteúdos e interatividade das quais lhes prendem a atenção, despertam seu interesse e lhes dão motivação.
O texto é muito interessante, pois trata de uma nova forma de como entender a escola nos dias atuais, quais as novas propostas e possibilidades que as novas tecnologias nos trazem. É também sem dúvida uma crítica ao modelo presente, já ultrapassado nos dias atuais e questiona alguns paradigmas à serem revistos e modificados.
Cada resposta do Prof. Pedro Demo nos leva a refletir sobre questões pontuais e ao mesmo tempo interligadas.
Ele fala das diferentes linguagens (isso inclui todas, não apenas o internetês), a forma escrita na internet é tão viva quanto a língua falada nas diferentes regiões do nosso país (regionalismos e sotaques, por exemplo).
Fala das estruturas em que se baseia a escola atual no Brasil e da necessidade de formação do professor.
O mais interessante é que, diferente de muitos teóricos, ele não coloca toda a culpa do fracasso escolar no professor, ele atribui proporcionalmente as responsabilidades...
Ninguém dá o que não tem! Criticar é mesmo fácil, mas fazer é outra história.
Tive o desprazer de ter aulas com professores em universidade pública que criticava os professores com furor, mas as suas próprias aulas (na graduação) eram desestimulantes, enfadonhas e bancárias (depositava o conteúdo depois queria sacar...).
Temos que encontrar coerência entre o discurso e a ação. E isso o Professor Pedro Demo procurou mostrar em suas respostas!
O professor é uma pessoa em formação constante como qualquer outra, por isso a necessidade de capacitação constante.
Achei bastante interessante as falas do professor Demo, pois este tema tem sido bastante discutido e julgado, principalmente na grande mídia, mas muitas vezes fala-se muito e contribui-se pouco de fato para o problema em evidência. Chamo a questão de problema já que tem diverosos fatores nela envolvidos; não basta apenas colocar computadores na escola e dizer: "pronto, já estamos digitalmente incluídos, vá professores, usem os computadores como ferramentas de ensino...". Isso na minha visão não é inclusão digital e sim uma ilusão. É um grande começo, concordo, mas apenas o começo; é preciso um preparo maior dos professores, pois estamos sim adaptados à aula tradicional, com quadro negro e giz, é necessário uma reformulação de currículo, enfim, todo um aparato para que o profissional desempenhe seu trabalho de forma significativa e efetiva.
Alessandra
Achei o texto bastante interessante...neste novo mundo moderno, estamos nos deparando com a evolução cada vez mais rápida da tecnologia na sociedade, e não podia estar a escola alheia a esse desenvolvimento,acredito que de alguma forma esse avanço tecnológico esteja mudando nosso jeito de aprender e ensinar.Nos tempos atuais, aescola não pode se conformar com o simplesmente"ensinar a ler e escrever", como único mecanismo , se queremos que nossos alunos tenham oportunidades na sociedade,devemos assumir o nosso desafio de levá-los a um novo patamar.Para isso precisamos estar preparados , motivados e capazes de levá-los ou melhor ir com eles a esse futuro que já chegou!Priscila
Quando Pedro Demo faz a seguinte afirmação:"Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal",reconhece nosso papel e ao mesmo tempo transfere-nos uma responsabilidade ainda maior.Isso porque, à medida em que inovações tecnológicas acontecem, a sociedade avança e à escola cabe também acompanhar esses avanços.Ao falarmos em escola, consequentemente, remetemo-nos ao professor, que constantemente necessita ser formado e capacitado.Com esse curso,estamos dando passos à essa busca de formação que nunca terá fim.
Acredito que a informação passada pelo Demo sobre as crianças no futuro precisarem de noções de informática e que a escola não lhes fornece só totalmente relevante e importante pois devemos pensar que muitos não terão condições financeiras para na idade juvenil ou adulta terem esse acesso e acabariam como ele cita perdendo terreno, mas seria muito simplório se ater as demais informações passadas por ele, já que a realidade da maioria das crianças ainda é a de sem computadores,
e também quem garante que eles lerão na internet o que for exigido por um adulto? Que eles não fugirão das páginas virtuais exigidas, seria muito simplório de nossa parte acreditar nisso. Na minha Opinião a internet tem muito a oferecer como o Demo diz mas ainda esta muito longe de nossa realidade mas mesmo assim o professor pode e deve utilizar os livros que nunca sairão e moda e perderão a importância e caberá ao professor aos poucos e na medida do que possui ir inserindo as tecnologias ou simplesmente informando da existência e das possibilidades oferecidas.
Moisés Tavano Busuti
Acredito que Pedro Demo afrmou em sua entrevista é o que está ocorrendo na atual sociedade. As novas tecnologias estão aí e a escola por medo ou mesmo descaso não inseri estas no ambiente escolar. Os nossos alunos nasceram na era digital e precisamos instigá-lo todos os dias a aprenderem novos conteúdos que poderiam ser aprendidos mais facilmente e ludicamente através do uso dos computadores.
Ainda temos um longo caminho pela frente em relação ao uso das novas tecnologias no ambiente escolar e os professores necessitam realizar cursos para usá-los.Thais Doricci
As crianças de hoje,nasceram na era digiatl,onde os meios de comunicações estão presente em todos os lugares e elas precisam estar envolvidas nestas tecnologias. Por isso concordo plenamente com o Pedro Demo em que a escola deve se adaptar as mudanças, para que volte o interesse dos alunos pela escola e o professor tem um papel muito importante neste processo,sendo necessário estar atualizados e capacitados .
Fazendo a leitura do texto, podemos observar que as práticas pedagógicas estão ficando obsoletas, ou seja, os educadores precisam se modernizar, mudar suas estratégias, sendo assim, torna-se interessante trabalhar com a metodologia por meio de projetos, integrando o uso das tecnologias de informação e de comunicação, proporcionando aos alunos uma ferramenta que irá aumentar sua curiosidade e também fomentar sua vontade de interagir de forma integrada, e desenvolver suas habilidades de maneira lúdica, prazerosa.
Realmente, estamos presos ao ler, escrever e contar. Nossas crianças tem a possibilidade de aprender com a internet, e isso pode ser facilitador ao processo ensino-aprendizagem. Basta o governo investir nessa ferramenta e os professores acreditarem que é possível.
segundo Pedro Demo a informatizaçao é importante como meio de estratégias e formas de aprendizado sendo um canal de onde professores e alunos possam interagir de forma lúdica e prazerosa para que o aprender seja sempre um processo de ensino e aprendizado
Pedro Demo afirma que a escola está se tornando cada vez desinteressante para as crianças porque a ela não esta acompanhado o progresso tecnológico. Curso como este nos ajuda a ver possibilidades para tornarmos a escola mais atraente para as crianças.
A entrevista vai de acordo com a tendência mundial de informatizar as escolas e modernizar o ensino em todas as modalidades, especialmente no ensino básico que é o mais delicado. Cada vez mais professores estão vendo a necessidade de se adequar às novas tecnologias para que possam trabalhar melhor com seus alunos.
De acordo com Pedro Demo com certeza o uso da tecnologia veio para complementar o trabalho que é desenvolvido em sala de aula e se faz muito útil e necessário dia a dia de forma a desafiar professores e alunos quanto ao uso do novo conceito tecnológico visando assim ampliar e enriquecer a construção do conhecimento em torno de todos nós.
E isso nos faz refletir sobre o papel fundamental do educador diante dessas mudanças e dos caminhos que devemos buscar para proporcionar e favorecer uma aprendizagem significativa e que seja de interesse dos nossos alunos, pois assim como a tecnologia evoluí os alunos e a sociedade também evoluem.
Portanto para que a tecnologia seja favorável no ensino e aprendizagem dos nossos alunos é necessário que o professor se atualize e aprimore os seus conhecimentos de maneira a repassá-los aos seus alunos da melhor forma possível proporcionando assim oportunidades para que eles possam conhecer as ferramentas, manusear e interagir com o grupo adquirindo assim maior autonomia no que faz.
A entrevista nos leva a refletir sobre o uso das tecnologias no ambiente escolar e sobre o paple do professor. A inserção das tecnologias possibilita um ensino de qualidade e vai ao encontro da linguagem do novo século, despertando noa alunos maior interesse pela escola, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais atraente e prazeroso. Tendo o professor papel fundamental nesse processo, procurando criar suas próprias aulas, desvinculando do método tradicional e direcionando para a nova realidade. Vejo a tecnologia como aliada da educação, uma vez que vem auxiliar o professor no processo de aprendizagem.
A entrevista nos leva a refletir sobre o uso das tecnologias no ambiente escolar e sobre o paple do professor. A inserção das tecnologias possibilita um ensino de qualidade e vai ao encontro da linguagem do novo século, despertando noa alunos maior interesse pela escola, tornando o processo de ensino-aprendizagem mais atraente e prazeroso. Tendo o professor papel fundamental nesse processo, procurando criar suas próprias aulas, desvinculando do método tradicional e direcionando para a nova realidade. Vejo a tecnologia como aliada da educação, uma vez que vem auxiliar o professor no processo de aprendizagem.
Esse texto de certa forma mostra uma nova visão sobre o uso das novas tecnologias dentro da sala de aula, sendo que a escola hoje ainda esta em processo de adaptação para o uso dos mesmos, assim como fala de uma nova visão da linguagem utilizada pelas crianças na internet, sendo esta uma nova forma de comunicação, não desmerecendo a norma culta da lingua.
Ao sugerir o uso de novas tecnologias parte-se de uma premissa de mudanças na estrutura da educação. Não bastaria inserir tais recursos tecnológicos se os papéis permanecessem os mesmos: alunos silenciados ouvindo os professores transmitir conhecimentos.
O atual cenário da educação, em consonância com as mudanças sociais, político-econômicas e culturais, requer uma descentralização do “poder” e, consequentemente do conhecimento através da atribuição de novas tarefas aos personagens centrais da educação. Os estudantes devem adquirir autonomia, enquanto os professores devem mediar a construção dos saberes.
Há a necessidade constante da interação, a qual traz significação à aprendizagem, pois pressupõe o outro, o qual participa de forma ativa e responsiva do processo de ensino-aprendizagem.
A escola deve enxergar estas mudanças sociais para transformar-se em um lugar de interação, na qual os alunos se identifiquem e encontrem motivação para aprender e construir conhecimentos.
Assim como a estrutura tradicional dos textos lineares recebe outros olhares, o qual é apresentado agora sob a forma de hipertexto, correspondendo às necessidades visuais e dinâmicas atuais, os demais conteúdos devem contemplar esta nova proposta de educação: um ambiente de aprendizagem dinâmico, interativo e constitutivo de processo, ou seja, sempre em busca da construção e (re) construção dos conhecimentos, da subjetividade e do ensino como um todo regulamentados pelas interações.
Desta forma, as palavras de Pedro Demo nos oferece oportunidade de refletir não apenas sobre o uso de tecnologias, sobretudo sobre os novos desafios da educação.
(Wuendy)
Lendo o texto de Pedro Demo notamos que realmente não há como fugir da TIC, se correr o "bicho pega e se ficar o bicho come", o educando não tem escapatória, a tecnologia já está fixada em sua na vida, e o professsor não tem mais como fugir de se aperfeiçoar em seu aprendizado. Ele tem que estar sempre atualizado com a tecnologia. Gislayne Granato
Gostei e detestei a entrevista de Pedro Demo. Vamos lá:
Ele tem razão quando coloca que a escola deve incorporar a tecnologia, usando-a a seu favor e do aluno. A vida hoje é dependente da tecnologia, e sem ela, o aluno não terá uma vida plena. Então, é dever da escola fazer com que o aluno possa utiliza-la de forma correta e tranquila.
Não concordo com o pensamento que coloca a escola e o professor como vilão, como se a nossa única função fosse ensinar a tecnologia. Isso faz parte, e deve ter sua importância, mas não é o mais importante. Pedro diz que o texto “Arrumadinho” não tem razão de ser, que o aluno faz 6 ou 7 coisas ao mesmo tempo e que o professor deve se preocupar em dar menos aula. O texto arrumadinho faz parte da formação do aluno, pois sua vida precisa de lógica, ele não é capaz de fazer sequer 2 coisas bem feitas ao mesmo tempo, e o professor pode precisar repensar sua forma de dar aula, mas ele deve dar muito mais aulas, ele ainda é referência.
Pedro Demo é um bom sociólogo, teórico. Deveria estar mais próximo da realidade.
A entrevista de Pedro Demo me fez refletir o quanto é importante incorporar as novas tecnologias no meio escolar. O aluno precisa disso, e é uma forma agradável e que faz parte do seu dia a dia, podendo então ser uma ferramenta poderosa.
Apesar de defender que a escola deva ter sua própria estrutura, e isso requer que cuidemos da forma culta da língua, nada impede que façamos uso de todos os recursos disponíveis.
Que a escola precisa incorporar de fato as mudanças velozes dos últimos tempos é consenso. Que o professor deve continuar a ter papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem parece (ainda) uma crença reconhecida. Passar da teoria à prática, com tudo que é necessário para que escola e professor não fiquem tão “distantes” do século XXI, nos termos de Pedro Demo, é que são elas. Restringindo-nos a questões inerentes à escola, o que (minimamente) falta? Ao professor, salário digno combinado com jornada de trabalho compatível com tempo disponível para formação continuada a fim de se instrumentalizar pedagogicamente para as exigências desse admirável mundo novo; ao aluno (geralmente pertencente a uma camada econômica desprivilegiada), infraestrutura garantidora de acesso real e permanente (não basta adquirir computadores, é preciso manutenção, assistência e atualização).
De certa forma isso está subjacente quando o sociólogo menciona que apenas “Algumas crianças têm acesso à tecnologia” e quando defende que é preciso “cuidar do professor” na medida em que “Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.”
Entretanto, certas afirmações do entrevistado, como o Paulo aborda em seu comentário, não são aceitáveis se a intenção do enunciador tiver sido literal, em vez de uma finalidade retórica. O texto “arrumadinho”, “de cima para baixo, da esquerda para a direita, linha por linha, palavra por palavra” continua , sim, sendo real, e não deixa de ser uma tecnologia – extremamente difícil de ser apreendida por crianças, jovens e adultos de todos os tempos, tempos afora.É inegável que hoje há outras possibilidades de textos (de tecnologias), com linguagens “multimodais”, mas convém lembrar o questionamento de Millôr Fernandes à frase de que uma imagem vale por mil palavras: “diz isso sem palavras”. Também é cabível a ressalva de que fazer muitas coisas simultaneamente nem sempre significa executá-las de forma satisfatória; aliás, há muitas pesquisas atuais que revelam uma dificuldade enorme de concentração de nossas crianças e jovens.
fff
A educação precisa acompanhar os avanços tecnológicos que vem ocorrendo de forma acelerada e a escola necessita adequar as novas ferramentas , disponibilizando cursos de capacitação para que o professor domine e tenha acesso a estes recursos.pois só assim ele terá condições de elaborar seus projetos tornando suas aulas mais atrativas aos alunos.
Não podemos esquecer que as crianças de hoje, tem acesso a estas inovações e as dominam. Se a escola permanecer no modelo tradicional ela levará o aluno ao desinteresse em aprender e consequentemente a evasão escolar.
A internet é uma ferramenta que veio para contribuir no contexto escolar, pois através dela os alunos interagem, troca informações reforçando assim o processo ensino-aprendizagem.
Lourdinha/Luciana
A entrevista nos leva a refletir sobre a importancia da atualização e formação dos professores para garantir a motivação de seus alunos no ambiente escolar.
Unir o util ao agradavel (tecnologia e ensino),proporcionando aos alunos um ensino vinculado a sua realidade!
Abraços a todos!
Lauri Zopelari
Eu achei que o texto do Pedro Demo veio para esclarecer, para simplificar a importância de tudo que aprendemos durante o curso, e para nos situar em como usar esses aprendizados e no papel do professor em relação a eles. Adorei muito o texto pois me fez ver a importância de incluir essas tecnologias aprendidas no curso nas escolas. O autor escreve muito bem e com sabedoria. Adorei o curso e tudo que aprendi. Espero poder utilizar logo meus conhecimentos em alguma escola que a tecnologia esteja disponível.
Após ler o texto de Pedro Demo, fiquei me questionando - por onde começar? Se o professor é, segundo o autor, uma grande vítima de todos esses anos de descaso, pedagogia e licenciaturas horríveis, encurtadas cada vez mais, ambientes de trabalho muito ruins, salários horrorosos...fazer uso de tecnologias na sala de aula vai mudar este panorama? Estamos no Estado de São Paulo, onde as escolas possuem recursos para o uso dessas novas tecnologia, mas no Norte do país, como o professor pode fazer isto, se nem sala de aula decente ele possui quem dera ter um computador, uma lousa digital para usar? Sou a favor do uso da internet, do computador, da pesquisa, etc. Mas acredito que antes de mudarmos o professor precisamos mudar a estrutura da escola.